Ahhh! Sábado é o dia dos sexualmente ativos. Tudo estava propício para o sexo: namorada legal, bonita e gostosa, o dia (ou melhor, a noite), o jantar, o papo, o vinho e o ambiente.
Em seu apartamento, sozinho com sua gata, pegou-a no colo romanticamente e entre beijos calientes e piadinhas a levou para seu “ninho do amor” (Que brega! Virge!). Cama box de molas independentes e ensacadas, lençol fio egípcio, travesseiros de visgo elástico (quatro por sinal), musiquinha de fundo, velas para todos os lados e pétalas vermelhas sobre a cama. Ela totalmente seduzida, sedenta por amor. Ele, louco de….medo! Sim, bateu um medão, paúra, amarelão, cagaço, pavor, temor, pânico, suadouro, emparedamento, gelo!
Ela: – Meu bem, por que você parou?!
Ele: Não sei, acho que não estou bem hoje. Muitos problemas no trabalho, muitas contas para pagar…blá. blá, blá.
Tradução simultânea do que ele a ouviu perguntar:
– Fracassado, por que você não consegue dar no couro?!
Tradução simultânea do que ela o ouviu responder
:-Tô te enrolando, não sei o que dizer. Tô com medo e vou continuar te enrolando…
Continuando a crônica…
Horas depois…
Ela: – Você quer conversar sobre o assunto?
Ele: – Não.
Tradução simultânea do que ele a ouviu perguntar:
-Você vai me explicar já por que você é um brocha!
Tradução simultânea do que ela o ouviu responder:
-Não!
Continuando…
Ela: – É alguma coisa que te fiz? Sei lá! Tô gorda, não te excito mais por causa da minha chatice? É que eu pego muito no teu pé, né?! Eu sabia que eu ia estragar tudo! É sempre assim, sempre estrago, por isso que não consigo ficar com ninguém!
Ele: – Não. Não é você. Sou eu.
Tradução simultânea do que ele ouviu ela dizer:
– Olha só como você me deixa insegura. Você como macho deveria me traçar legal, assim eu ficaria satisfeita e segura ao seu lado! Brocha!
Tradução simultânea do que ela ouviu ele responder:
– É isso mesmo. Você tem razão sua baleia neurótica!
Naquela noite a “festa” acabou. Ambos foram dormir. Um para cada lado, cada um com seu pensamento. No dia seguinte acordaram, se abraçaram, se beijaram, tomaram banho, café da manhã e foram cada um para o seu trabalho. O fim dessa história não existe. Esta situação vai se repetir, repetir, repetir e ambos vão continuar sem ouvir o outro. Cada um com a sua realidade. Você já viu uma história assim?