A classificação internacional de transtornos mentais (DSM-IV), define ejaculação rápida (ER), chamada anteriormente de ejaculação precoce, como: “Ejaculação persistente ou recorrente com estimulação sexual mínima antes, durante ou logo após a penetração, antes que o indivíduo o deseje. O clínico deve levar em consideração os fatores que afetam a duração da fase de excitação, tais como idade, novidade da parceira ou situação sexual e freqüência da atividade sexual recente”. O que caracteriza o diagnóstico é o sofrimento do paciente diante do quadro de descontrole ejaculatório. Caso o indivíduo não se incomode com sua falta de controle, o quadro não é definido e portanto não há porque ser tratado.
Noventa e oito por cento das ER são de origem psicológica, sendo o restante (2%), ligado a causas orgânicas (diabetes, esclerose múltipla, tabes dorsalis, alcoolismo crônico, abstinência ao uso de psicotrópicos entre outras doenças neuropsíquicas).
Estudo realizado recentemente no Brasil identificou uma incidência média de 15,5% da população masculina entre 16 e 76 anos. Em alguns estados chega a atingir 25% destes homens.
O tratamento é basicamente psicoterápico-cognitivo (reaprendizado do controle), associado ou não à medicação ansiolítica retardadora da ejaculação. Esta associação tem como único objetivo ajudar no tratamento psíquico, diminuindo a ansiedade para otimizar resultados, sendo as medicações o mais breve possível descartadas.
Não há tratamento exclusivamente medicamentoso com capacidade curativa, pois apenas a análise de cada caso, aliada às técnicas de aprendizado e de controle podem alterar a história natural da ejaculação rápida.
Os inibidores da 5-Fosfodiesterase (Viagra, Cialis e Levitra), não estão indicados nos casos em que não há disfunção erétil, assim como as injeções no pênis (intracavernosas), estão contra-indicadas, ainda não há relatos científicos de cirurgias com capacidade terapêutica.